quinta-feira, 7 de abril de 2011

Questionário de bolso

Yannick


Quando sabemos se já estamos preparados para sermos adultos? Preparados para termos problemas de adultos? Quem vai pagar as contas desse amor pagão?, já diziam Os Paralamas. Mal acabei de resolver meus problemas de adolescência e já havia um embrião em desenvolvimento: problemas de gente grande. Foi parido sem que eu sentisse – e acho que foi prematuro. Quando vi, já estava lá lutando por uma posição na empresa, processando a operadora de celular, tirando o passaporte, abrindo uma ocorrência no Detran ou uma conta corrente no banco.


Até ontem meu único problema era descobrir o que eu queria ser. Será que já sou o que queria. E se não for, ainda quero ser o que um dia quis? E quando eu for, o que farei depois de ser?

O que faço com aquilo que já tenho, visto que, o que move o mundo é o estímulo. Todos precisamos de algum. E nesse momento me faltam planos. Sempre achei que, com quase trinta eu estaria seguindo a vida em velocidade linear. Mas a inércia prende meus movimentos. É como não acelerar e nem frear, somente ir. E pra onde? Pra onde estou me levando?

Uma vez vi em um programa de TV que criança que faz muita pergunta será um adulto inteligente. E se você cresce e percebe que as perguntas não cessaram, que tipo de adulto você está se tornando?

2 comentários:

  1. Acho que a capacidade de perguntar não deveria cessar, mesmo. Se a gente não pergunta, como é que vai descobrir? Algumas coisas a gente vai adivinhar; outras, deduzir a partir da experiência, mesmo. Também estou esclarecendo algumas dúvidas. Bj, Vi

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  2. Adulto do tipo que continua se pensando e repensando. E por mais dolorido que isso seja, eu acho ótimo. Consegue pensar sua vida sem esse momento de perguntas e incertezas? E consegue pensar o quão chato seria se você não se questionasse de vez em quando (ou em sempre)? Se vc acha que está inerte, é porque se permitiu perguntar e perceber isso. E, sabe, acho a inércia super importante em alguns momentos da vida. Desesperadora, incômoda, mas necessária. Se você corre o tempo todo nunca consegue parar para e apreciar o caminho, e bem na verdade, nós nunca chegamos em lugar nenhum, a vida é um eterno caminho.

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