Deixar de ser eu mesma nesse momento, também faz parte do plano. Me deparar com o que eu fui quando você ainda habitava em mim entra em choque com o que eu desejo realmente ser. Percorrer todo esse caminho me mostrou muitas estradas. E foi você que me levou até elas.
Não estou pedindo para que vá embora. Eu estaria enterrando minha própria vida, minhas vivências, minha história real de conto de fadas. Apenas desejo desfrutar de sua ausência, não só a física.
Estou longe de querer viver uma personagem nessa altura da vida. Mas poder fazer escolhas baseadas em meu próprio querer é o que tenho buscado.
Tirar de uma obra o que ela tem de melhor não te faz personagem do livro. Te faz humana. Mostra um ser passível de mutação. Ainda prefiro assim a ter "aquela opinião formada sobre tudo" (#TocaRaul).
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
À deriva
Resolvi não esperar a virada de ano para me virar nas coisas.
É sempre aquele mesmo papinho "Ano novo, vou mudar o cabelo", "Ano novo, vou voltar para o cursinho".
Achei melhor não arriscar e fiz tudo isso ainda no ano velho, para que sobre tempo para outras promessas de fim de ano.
Agora a responsabilidade aumenta, pois não sobraram muitas opções. E esse papo de voltar para a academia já não cola mais. Nem Papai Noel acredita.
Aceito sugestões. Confesso que ando um pouco sem criatividade pra viver. Dá uma preguiça às vezes.
E esse papo não tem relação alguma com morte. Falo de entusiasmo. Faz tempo que não me empolgo de verdade com algo. Anda tudo tão parado como barco marolando à deriva. Sou só eu que sinto isso?
Queria mudar de pista. Pegar a contra-mão. Exceder a velocidade e frear bruscamente. Ah! mas dá uma preguiça de consertar as barbeiragens do caminho. Sem contar rever todas as multas. Sei não, acho que vou ficar um pouco mais na marolinha.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Pra você guardei o amor...
Há pelo menos duas semanas essa música vem me perseguindo. Grudou na minha mente feito chiclete. Achei que era dor de cotovelo e tal e por isso pensei que não valeria um post. Porém, analisando friamente o que ela diz, percebi que ela causa uma certa aflição. Pelo menos em mim.
Esse é o clipe da música em questão:
Essa "aflição" se deve ao fato de perceber que realmente mantenho um amor guardado dentro do peito. Aquele amor que, enquanto somos construídos, nos é ensinado que somente dever ser dado à quem é realmente especial.
Como ter a certeza que esse é o 'especial'? Na dúvida, é melhor esperar o próximo. Tipo jurado que não dá 10 para a primeira apresentação, apesar de ser perfeita, por achar que ainda pode aparecer uma outra melhor mais para frente e aí fica chato, né?! Afinal, não dá para dar 11.
"Guardei sem ter porquê ou por razão ou coisa outra qualquer." Eu já tenho a terrível mania de guardar nota de tudo que compro. Sempre acho que vou precisar. E sabe que quando desencano e resolvo jogar fora logo após a compra, acabo tendo algum problema e precisando do raio do cupom fiscal.
Para mim, a explicação para essa "coisa outra qualquer" é o medo de entregar o seu mais puro sentimento, baixar toda a sua guarda para alguém que não merecia.
Eu tenho esse medo, mas decidi que não vou guardar mais nada. Vai que eu morro e não dá tempo de usar. Quero poder usar a raiva e o ódio. Saborear a plenitude da pureza de um sentimento e a vingança. Aprender a me reconstruir em forma de mosaico com os cacos que a vida me deixou.
Esse é o clipe da música em questão:
Essa "aflição" se deve ao fato de perceber que realmente mantenho um amor guardado dentro do peito. Aquele amor que, enquanto somos construídos, nos é ensinado que somente dever ser dado à quem é realmente especial.
Como ter a certeza que esse é o 'especial'? Na dúvida, é melhor esperar o próximo. Tipo jurado que não dá 10 para a primeira apresentação, apesar de ser perfeita, por achar que ainda pode aparecer uma outra melhor mais para frente e aí fica chato, né?! Afinal, não dá para dar 11.
"Guardei sem ter porquê ou por razão ou coisa outra qualquer." Eu já tenho a terrível mania de guardar nota de tudo que compro. Sempre acho que vou precisar. E sabe que quando desencano e resolvo jogar fora logo após a compra, acabo tendo algum problema e precisando do raio do cupom fiscal.
Para mim, a explicação para essa "coisa outra qualquer" é o medo de entregar o seu mais puro sentimento, baixar toda a sua guarda para alguém que não merecia.
Eu tenho esse medo, mas decidi que não vou guardar mais nada. Vai que eu morro e não dá tempo de usar. Quero poder usar a raiva e o ódio. Saborear a plenitude da pureza de um sentimento e a vingança. Aprender a me reconstruir em forma de mosaico com os cacos que a vida me deixou.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Produzindo você
Foi em um show que eu o conheci. Eu o conheci como 'o produtor'. Ele não tinha nome e nem mesmo rosto. Algumas palavras foram lançadas em sua direção, um pedaço de papel surgiu em minha mão e eu o entreguei. Pedi de volta. Precisava anotar, mas só tinha caneta. Ele, gentil, me devolveu para que eu anotasse o que seria a porta de entrada da nossa relação.
Fui embora sem tocar. Sem sentir cheiro ou gosto. Sem olhar em seus olhos. Sem promessas. Sem construir sonhos. Sem provocar decepções.
Tudo era pra ser profissional, pelo menos até a primeira mensagem instantânea. Como ele teve a coragem de me perguntar o que eu fazia em casa em um sábado à noite? Não se pergunta isso para alguém. Ainda mais se tratando de alguém que você ainda não conhece, não sabe o telefone, a comida preferida, o que faz com seu tempo livre. Mas tudo isso ele descobriu com o tempo.
Antes mesmo da intimidade veio a briga. E esta se multiplicou ao longo de toda a pseudo-relação. Para falar a verdade, eu adorava. Era ali que eu realmente o conhecia. Gostava quando parecia mais duro, impostando a voz (eu amava sua voz) e dizendo verdades que nem existiam, mas naquele momento pareciam bem convincentes. Ele vencia quase sempre. Eu preferia perder para ele do que perdê-lo.
E lá se foram alguns meses atendendo telefonemas quase que programados. "Quando sair daqui eu te ligo" essa eu ouvi muitas vezes. No dia em que ele me ligou pela manhã foi uma grande surpresa. Nunca tinha me dado "bom dia" antes. Queria ter gravado. Mas mais uma vez ele desligou rápido, tinha que pegar o ônibus, ou entrar em uma reunião, ou falar com o primo que entrara no carro, conversar com o taxista, tirar dinheiro no caixa eletrônico, tomar seu açaí. Ele era realmente muito ocupado.
Eu era como a hora do recreio de um dia tão estafante e espremido em compromissos. Não tinha folga nem mesmo nos seus dias de folga. Mas eu estaria sempre ali ao seu alcance. Mesmo que tivesse que dar lugar a uma chamada em espera. Não posso reclamar, ele era tão gentil me ligando primeiro. Colocava o pé fora do seu QG e já me ligava. Que tipo de pessoa egoísta seria eu se o impedisse de falar com as outras?! Afinal, tempo não era algo que ele dispunha em abundância. Nem mesmo para me ver ele tinha tempo. É de dar pena, não é?! Eu tive que aprender a dividir - coisa nada fácil para uma capricorniana filha única.
Fui embora sem tocar. Sem sentir cheiro ou gosto. Sem olhar em seus olhos. Sem promessas. Sem construir sonhos. Sem provocar decepções.
Tudo era pra ser profissional, pelo menos até a primeira mensagem instantânea. Como ele teve a coragem de me perguntar o que eu fazia em casa em um sábado à noite? Não se pergunta isso para alguém. Ainda mais se tratando de alguém que você ainda não conhece, não sabe o telefone, a comida preferida, o que faz com seu tempo livre. Mas tudo isso ele descobriu com o tempo.
Antes mesmo da intimidade veio a briga. E esta se multiplicou ao longo de toda a pseudo-relação. Para falar a verdade, eu adorava. Era ali que eu realmente o conhecia. Gostava quando parecia mais duro, impostando a voz (eu amava sua voz) e dizendo verdades que nem existiam, mas naquele momento pareciam bem convincentes. Ele vencia quase sempre. Eu preferia perder para ele do que perdê-lo.
E lá se foram alguns meses atendendo telefonemas quase que programados. "Quando sair daqui eu te ligo" essa eu ouvi muitas vezes. No dia em que ele me ligou pela manhã foi uma grande surpresa. Nunca tinha me dado "bom dia" antes. Queria ter gravado. Mas mais uma vez ele desligou rápido, tinha que pegar o ônibus, ou entrar em uma reunião, ou falar com o primo que entrara no carro, conversar com o taxista, tirar dinheiro no caixa eletrônico, tomar seu açaí. Ele era realmente muito ocupado.
Eu era como a hora do recreio de um dia tão estafante e espremido em compromissos. Não tinha folga nem mesmo nos seus dias de folga. Mas eu estaria sempre ali ao seu alcance. Mesmo que tivesse que dar lugar a uma chamada em espera. Não posso reclamar, ele era tão gentil me ligando primeiro. Colocava o pé fora do seu QG e já me ligava. Que tipo de pessoa egoísta seria eu se o impedisse de falar com as outras?! Afinal, tempo não era algo que ele dispunha em abundância. Nem mesmo para me ver ele tinha tempo. É de dar pena, não é?! Eu tive que aprender a dividir - coisa nada fácil para uma capricorniana filha única.
Bem, era de se esperar que um dia eu estaria na espera. E esse dia chegou, antes do esperado. Não tinha novidade nele. 'Eu conheço seus passos, vejo seus erros. Não há nada de novo'. Então por que será que me surpreendi tanto? Não, não pense muito. Eu já te respondo. Dois motivos me prejudicaram nesse jogo.
Primeiro eu realmente acreditei que era especial e que comigo tudo seria diferente (odeio essas atitudes 'mulherzinha').
Segundo erro fatal foi pensar que poderia controlar. Eu ainda não aprendi que minha vida não é um evento com cronograma e check list.
Ao final eu tenho a soma de muitas mensagens de texto (na verdade metade, pois a outra parte o assaltante educado me levou), alguns e-mails, uma agendinha de telefone rabiscada, a curiosidade em saber por que só usa camisa listrada, uma lacuna no horário noturno de nossas conversas e uma vontade que não passa de sentir que gosto tem você.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O sueco
Eu criei um perfil no Facebook somente para praticar o meu cansado inglês. Ainda em fase de adaptação com a ferramenta, fui adicionada por algumas pessoas simpáticas e inteligentes. Mas ele era tudo isso e mais. Lindo define bem o que quero dizer. Estilo aqueles carinhas que você olha e diz "Um homem desses nunca olharia pra mim".
Para a minha total surpresa, logo depois de me adicionar já chegaram as primeiras mensagens. Estas foram muitas. E eu com todo aquele esforço para não me apaixonar. Sempre achando que aquilo tudo não era para mim.
Em pouco mais de dois meses já havia perdido total controle sobre o que eu sentia e isso me incomodava muito. Cinco meses após o primeiro contato on line tivemos o contato on Rio. Um perfeito dia de Sol em uma badalada rua de Copacabana foi o cenário desse enconto.
Após esse marco tudo em mim se transformou. Ele transformou a minha vida como ninguém, nem mesmo eu, havia conseguido. Hoje penso que ele veio arrumar a casa. Me amou e foi amado. Pronto.
Após esse marco tudo em mim se transformou. Ele transformou a minha vida como ninguém, nem mesmo eu, havia conseguido. Hoje penso que ele veio arrumar a casa. Me amou e foi amado. Pronto.
Agora devo abrir a porta para deixar que ele vá. Esse é aquele momento que você pára na porta e se despede mil vezes da pessoa, pois não quer ouvir tchau. (Muito sábio o Nando Reis quando pergunta "Quem vai dizer tchau?". O não é sempre mais fácil de ser dito.) Ainda mais quando sua saudade é alimentada pelo Atlântico.
Fazer o coração entender tudo isso é a parte mais complicada, mas tenho lidado bem com a situação. Importante foi o que vivemos e isso não mudará.
Quero que fique bem ali parado, como um vaso antigo de porcelana chinesa. Não sei onde vou colocar, mas não quero ver outro usando.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Ao SAC dos assaltantes
Demorei muito para conseguir falar sobre isso. Não foi uma experiência muito agradável. Muitos já conhecem minhas histórias sobre roubos e furtos e sempre as contei de maneira leve e com uma leve pitada de humor negro. Mas dessa vez foi diferente.
Resolvi ser espontânea uma vez na vida e combinei de ir ao Circo Voador com amigos horas antes do evento (todos conhecem minha neura com planejamentos e tal, não é verdade?!). Não consigo explicar o que houve. Simplesmente me rendi a uma vontade louca de ir ao show da Elba numa véspera de feriado.
Saí de Arraial do Cabo e já fui arrumando a bolsa com os documentos, batom, celular e coisa que você só encontra na bolsa de uma mulher. Você nem acreditaria no que eu fiz caber dentro de um apertado carteirão.
Cheguei em casa, separei a roupa, tomei um belo banho, cuidei da maquiagem e me afoguei em perfume. Eu estava animada. Um dos meus amigos ligou para confirmar se eu ainda manteria o combinado e para a surpresa dele eu disse que sim. Quase pude ver a cara de espanto que ele deve ter feito do outro lado da linha.
Tudo certo, beijo na mãe. Beijo na filha (vira-lata linda da mãe).
Dirijo-me até o ponto de ônibus que fica exatamente na esquina da minha pacata rua que fica num pacato bairro de Niterói.
Nada do ônibus...
Eis que ele surge lá trás. Me animo. Tudo indo muito bem. Estava dentro do horário previsto e tudo!
Um pouco mais adiantado que o bus tem uma moto com dois homens. Eles param um pouco antes do ponto e vem puxando a moto lentamente, para não causar espanto na dama solitária e ingênua.
O rapazinho da garupa me dirige algumas palavras, mas como ele estava de capacete, não pude ouvir. Eu, educadamente, dou um animado passo para frente e pergunto: que?
Agora eu lhes pergunto, tarde da noite, dois homens em uma moto, um deles fala comigo tirando a mão da cintura de dentro de um grande casaco, o que eu esperava? "Poderia me informar as horas?"
O rapaz, muito educado também, me repete pausadamente a frase anterior (uma pena... é como ter que repetir a cena que ficou perfeita de um filme, pois o figurante tava olhando para a câmera): Não reaja, pois eu estou armado. Eu só quero a bolsa.
O que fazer nesse momento? Pedir pelo menos o chip do celular teria me poupado de tanto aborrecimento com a Tim.
Dei um discreto passinho para trás, abri um sorriso e perguntei com toda a certeza do mundo nas palavras: Cê tá brincando, né?!
Aí acho que ele perdeu a paciência. Disse algumas palavras grosseiras para mim, arrancou a bolsa da minha mão e foi embora com ela, levando toda a minha agenda de celular, minhas mensagens de texto, o vídeo de Luna comendo cenoura (tão lindo!), minha identidade com minha foto dos 16 anos e, entre outras coisas, levou meu carteirão novinho! Era quase a estréia dele na noite!
Quando o ônibus passou o motorista ainda deu aquela buzinadinha, sabe?! Ai que raiva!
Bem, dos males o menor. Estava na esquina de casa. Só me restou caminhar até em casa, sentar na frente do telefone e começar os cancelamentos. Inclusive o da saída com os amigos. Mas vou te falar, tirar a maquiagem sem nem mesmo usá-la foi o que mais me irritou.
Aproveito o espaço para fazer um breve apelo.
Queridos assaltantes, sei que estão fazendo o trabalho de vocês e tentando desenvolvê-lo da melhor maneira possível. Visando a melhoria do atendimento sugiro que devolvam às vítimas ao menos seus chips e documentos originais. Assim ninguém atrapalha o trabalho de ninguém, combinado?!
Sem mais,
Beijos
quarta-feira, 19 de maio de 2010
So easy
Seria muito mais prático eu dizer que não te amo mais. Dizer para você levar as suas coisas embora, até mesmo o seu cheiro que ficou no meu travesseiro. Gostaria que retirasse imediatamente o seu rosto da porta do meu quarto e da minha mente.
Que levasse com você as noites perfeitas e os sorrisos sinceros. Isso inclui beijos doces e ardentes, mãos ansiosas e confortáveis. Poderia levar aquele por do Sol, a água clara do mar, a brisa que causou arrepio.
Com sua gentileza, leve daqui minha memória, minha expectativa e minhas noites mal dormidas ao seu lado.
Somente assim poderei me entregar à frustração, à decepção e à solidão a dois.
Ter você tão aqui me atrapalha. Sua respiração eu ainda posso sentir.
Me faça esse favor, me deixe ser feliz sozinha.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros
sexta-feira, 19 de março de 2010
Então...
Eu, em um típico dia perfeito com direito a Shopping em liquidação e a encontrar calças jeans que fiquem perfeitas, pensei que tudo terminaria bem. Mas o jogo só termina quando o juíz apita mesmo.
Já estava tudo bom, tudo ótimo. Compras feitas, companhia perfeita e comelança desregrada.
Já dava pra ira pra casa, né?! Não! O ser humano sempre espera um pouco mais da vida. Um bilhete premiado, um principe encantado, um banco vazio no bus bem na hora do rush. Esqueça! (principalmente a parte do príncipe encantado, mas isso é outra história)
Depois de toda essa maratona e de ainda conseguir escapar do temporal, a ponto de nem saber que estava chovendo (e choveu para sempre!) eu e my friend resolvemos pegar um cineminha, só pra relaxar. Afinal, foi um dia duro de compras, né?!
Tudo deveria ter ficado claro no momento da compra dos bilhetes. Alguém aí já viu uma máquina daquela do Cinemark, de auto atendimento, reiniciando? Tipo seu computador quando aparece aquela tela preta e começa a verificar e carregar o sistema?! Então, isso depois de todo o processo da compra ter sido realizado. E agora? O cartão passou ou não passou?
"Chama a menina alí, oh!" E a simpática veio. Pensa que houve alguma explicação espontânea? Nada. Somente depois de uma longa espera e outra pergunta fomos direcionadas para a máquina ao lado e ainda com a incerteza sobre a primeira operação.
Ok! Poderíamos ter desistido ali? Sim! Mas quem daria essa idéia?
Então compramos mais algumas coisas até o horário do filme.
Para entrarmos, fila. A menina confere cada bilhete e não pede para que o mantenha um um local de fácil acesso. Isso só para que ela possa se divertir com você subindo a escada e caçando novamente o ingresso depois que ela se lembra de avisar que precisará apresentá-lo novamente na porta da sala.
Ufa! Sentamos. Lugares devidamente escolhidos. Carpete ainda com forte cheiro de detergente, infanto juvenis desacompanhados dos pais achando que aquilo era um "Cinema em Casa" e eu apertada pra ir ao banheiro de pois de tanto líquido ingerido.
Bem, que comece o filme!
"Oi? O que houve com a voz dele? Não estou entendendo nada!" O outro grita "Oh o som aê!" e mais um "Quero meu dinheiro de volta!" e "Isso é filme pirata!".
Chega! Pra mim já deu! Vou atrás de alguém que possa resolver isso.
Saio da sala de cinema (ainda não acredito que passei por isso!) para procurar alguém que possa avisar a alguém que o outro alguém não está trabalhando!
Todos sentados. A menina diz que tudo ficará bem. Volta a fita. Hummmmm...
Expectativa grande. Maior até do que pelo filme. E, nada!
A voz do cara parecia com a de um pato rouco, mas ainda assim continuamos ali até o final.
O filme até que foi bom. Senti uma leve vontade de cortar pelo menos um pulso, mas resiti fortemente.
"Idas e Vindas do Amor". Espero que você tenha mais sorte.
O que eu queria com esse post?
Acho que nada. Só tricoar mesmo.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Estou sofrendo com abstinência. Preciso ir ao cimena!
Sinto falta daquela poltrona confortável, do ar-condicionado deixando o clima agradável, do som que acompanha até mesmo uma gota encontrando a poça. Falta daquela tensão em chegar cedo e garantir um bom lugar, de comprar pipoca refil e ainda um Ice Tea de 700 ml. Fato que tinha que sair no meio do filme! Minha bexiga tem limite de espaço.
Gosto de me emocionar olhando aquela grande tela, de rir da risada do vizinho ou ver um casal de idosos curtindo um programinha que já dá certo há anos.
Gosto de chegar, colocar meu copo no braço da minha poltrona, posicionar bem a pipoca e tirar meus sapatos. Me sinto sempre em casa.
Assistir três filmes em um só dia foi o meu delicioso e inesquecível recorde. Foram todos romances. Um diferente do outro. Amei todos.
Preciso fazer algo quanto a isso.
Preciso de algo, mesmo que seja um curta!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Beijo nu
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Não me reconheço mais olhando as fotos do passado.

Comecei o ano um pouco reflexiva. Nada mais clichê que isso, não é mesmo?!
Mas acho que muitas coisas influenciaram nessa espécie de "meditação". Coisas como a idade em que me encontro e o que quero ser quando tiver mais idade ainda. Nuca quis muito saber o que eu seria quando crescesse, mas sempre pensei como eu seria. E hoje não sei se já sou o que eu queria ser. Então tenho pensado no que devo fazer para chegar lá.
Descobri algo muito importante há bem pouco tempo atrás. Descobri que posso sim mudar de opinião, de rumo, de roupa, de gosto, de lugar no ônibus, de restaurante, de perfume, de cidade, de lado que durmo na cama, o sabor da pizza, de número de celular, de corte de cabelo etc.
Hoje vejo que minhas preocupações mudaram de foco e consigo desenvolver uma visão mais ampla sobre um problema.
Mas para que essa transformação não se torne um trauma, aqueles que me cercam devem ser compreensivos, pois se entendermos que os amigos mudam não precisaremos mudar de amigos.
Meu caráter é o mesmo. E ainda sou chata. Tem coisas que simplesmente nunca mudam, não é mesmo?!
Agora trabalho em poder falar o que sinto. Sempre reservando o próximo do que irei dizer. Não posso simplesmente desabafar e esperar que o outro concorde e não se magoe. Toda essa coisa de relacionamento é bem complexa e não tinha como não ser.
A junção de dois universos diferentes e complexos só pode dar em conflito. Porém, após esse turbulento primeiro momento as coisas começam a se encaixar. E se você souber aproveitar bem o que o outro tem de melhor vira tudo uma grande soma.
Outra coisa muito importante que percebi é que eu também posso errar. E posso tentar consertar ou não. Faço como eu quiser, pois os erros são meus, a vida é minha e quem escolhe agora sou eu!
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