Então, eu o beijei. Havia algum tempo que eu já esperava por isso. E no ápice do meu desejo, aconteceu. Ficou claro para mim que ele, apesar de não esperar, também queria. Sem qualquer palavra carinhosa ou promessa de casamento, nos separamos e tudo voltou ao normal.
Assumimos nossas antigas posições de "apenas bons amigos". Lidei bem com isso. Melhor até do que eu esperava. Sempre pensei que isso não precisava se tornar um jogo. E assim foi feito.
Mas venho sofrendo de outro mal. O mal do beijo não dado. Penso mais nesse do que no realizado! Algo está errado comigo. Algo está saindo do controle e isso não é bom.
Não falo do amor que já sinto. Este é diferente. É calmo. Não há espaço para insegurança. Não há saudade insuportável. Não há juramento. É algo que beira o fraternal.
Falo de algo novo, que ainda não descobri o que é. Falo precocemente, pois ainda não é coisa alguma que se possa denominar. Mas está ali. Num canto. Sofrendo algum tipo de metamorfose.
Culpa daquele beijo despretensioso na orelha que terminou por desencapsular esse vírus, ainda estranho no meu corpo.
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