Há pelo menos duas semanas essa música vem me perseguindo. Grudou na minha mente feito chiclete. Achei que era dor de cotovelo e tal e por isso pensei que não valeria um post. Porém, analisando friamente o que ela diz, percebi que ela causa uma certa aflição. Pelo menos em mim.
Esse é o clipe da música em questão:
Essa "aflição" se deve ao fato de perceber que realmente mantenho um amor guardado dentro do peito. Aquele amor que, enquanto somos construídos, nos é ensinado que somente dever ser dado à quem é realmente especial.
Como ter a certeza que esse é o 'especial'? Na dúvida, é melhor esperar o próximo. Tipo jurado que não dá 10 para a primeira apresentação, apesar de ser perfeita, por achar que ainda pode aparecer uma outra melhor mais para frente e aí fica chato, né?! Afinal, não dá para dar 11.
"Guardei sem ter porquê ou por razão ou coisa outra qualquer." Eu já tenho a terrível mania de guardar nota de tudo que compro. Sempre acho que vou precisar. E sabe que quando desencano e resolvo jogar fora logo após a compra, acabo tendo algum problema e precisando do raio do cupom fiscal.
Para mim, a explicação para essa "coisa outra qualquer" é o medo de entregar o seu mais puro sentimento, baixar toda a sua guarda para alguém que não merecia.
Eu tenho esse medo, mas decidi que não vou guardar mais nada. Vai que eu morro e não dá tempo de usar. Quero poder usar a raiva e o ódio. Saborear a plenitude da pureza de um sentimento e a vingança. Aprender a me reconstruir em forma de mosaico com os cacos que a vida me deixou.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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